segunda-feira, 6 de março de 2017

a distância do normal pro diferente é a mesma entre o que não quer e o que não entendeu a diferença.
ser artista é colocar os bois na frente do carro.
sil-
êncio.
(estado do apito).
a palavra tropeço
tropeço.
a palavra instante
instante.
a palavra fronteira
fonteira.
a palavra antes
antes.
a palavra cor
cor.
a palavra vontade
vontade.
a palavra forma
forma.
a palavra olho
olho.
a palavra sempre
sempre.
a palavra meio
meio.
a palavra corpo
corpo.
a palavra voz
voz
a palavra
Nem preencher, nem não-preencher, nem superar. Borrar as expectativas.
Quando a fala nega o sintoma que ela própria é, cria-se a transcendência.
Poesia é o texto quando
textura.
O amor para o pequeno-burguês reduz-se ao reconhecimento de seus sucessos e à superproteção nos seus fracassos.
O respeito que um cone nos impõe me intriga.

Tenho absoluta convicção que um cone tem poder suficiente para mudar o ruma da história do ocidente.

Talvez a revolução dependa somente de uma orquestrada distribuição e manipulação dos cones pela cidade. Quando enfim descobrirem, já teremos assumido o poder.

Ao subvertermos o poder de um cone, chegamos à bola. Agora entendi.

O melhor amigo do cone é o caminhão pick-up.

Um cone é mais respeitado que um mendigo, uma criança ou um idoso.

A maior representação contemporânea do falocentrismo é o cone.



Toda fórmula matemática é um poema mal resolvido.
Sabem o que o poeta disse pro matemático?
Temos algo incomum.
Parece que parece, mas no final das contas não parece. Só parece que parece.
dizer o indizível?
bobagem: poema
não diz nem desdiz
- acena

André Vallias
classifeice

procuro um guarda,
roupa antiga de madeira,
incômoda,
e uma escrivaninha de comprar.
os bandido estão dentro da lei.
desobedeçam.